sexta-feira, 23 de março de 2012

O que é a esclerose múltipla?





                        Livro Portal dos Sonhos e da Magia...
A esclerose múltipla é uma doença inflamatória, que afeta a capa de mielina responsável pela condução nervosa, reconhecida como a substância branca do sistema nervoso. A doença se caracteriza por um acometimento em diferentes partes do cérebro de da medula espinal e também em diferentes momentos, e assim é denominada de disseminação no tempo e no espaço, condição pela qual se estabelece o diagnóstico definitivo. Os sinais e sintomas não podem ser explicados por uma única lesão e o seu curso clínico é caracterizado mais frequentemente por surtos, seguidos de períodos de remissões.


Não é uma doença fatal e muitos pacientes levam uma vida normal. Porém a presença de novos sintomas e a somatória de antigos sintomas, além da evolução incerta, pode interferir de varias maneiras na vida do paciente.Apesar de existirem muitas dúvidas sobre a origem da esclerose múltipla, muito já se sabe sobre a imunologia da doença, o que tem possibilitado a descobertade medicamentos que controlam sua evolução e com certeza em breve, o seu completo domínio.

Terapêutica sintomática da EM





Um sintoma muito frequente na EM é a fadiga. O facto dos portadores de EM estarem frequentemente cansados é muitas vezes encarado com incompreensão. Quais são os conselhos para ultrapassar esta situação?


O tratamento da fadiga não se dirige à causa do sintoma. Se a causa principal é a depressão, por exemplo, esta deve ser tratada directamente. No caso da fadiga crónica, antes de mais devem ser feitas alterações na vida diária. Por exemplo é aconselhável interromper as actividades com pausas e intervalos regulares para descanso. Um programa de exercícios com treino muscular regular é também muitas vezes uma possibilidade favorável. A terapêutica com medicamentos é muitas vezes insatisfatória. Existem estudos que demonstraram o efeito positivo da 3,4-diaminopiridina(1) e da Pemolina(2), medicamentos estes que não estão disponíveis em Portugal devido às suas reacções adversas. A amantadina ou os inibidores da recaptação da serotonina também podem ser utilizados, geralmente com sucesso moderado(3). Os primeiros resultados verdadeiramente positivos entre os portadores da EM foram relatados com o modafinil, um medicamento usado para tratar a vontade excessiva de dormir (narcolepsia)(3).
O tratamento da fadiga não se dirige à causa do sintoma. Se a causa principal é a depressão, por exemplo, esta deve ser tratada directamente. No caso da fadiga crónica, antes de mais devem ser feitas alterações na vida diária. Por exemplo é aconselhável interromper as actividades com pausas e intervalos regulares para descanso. Um programa de exercícios com treino muscular regular é também muitas vezes uma possibilidade favorável. A terapêutica com medicamentos é muitas vezes insatisfatória. Existem estudos que demonstraram o efeito positivo da 3,4-diaminopiridina(1) e da Pemolina(2), medicamentos estes que não estão disponíveis em Portugal devido às suas reacções adversas. A amantadina ou os inibidores da recaptação da serotonina também podem ser utilizados, geralmente com sucesso moderado(3). Os primeiros resultados verdadeiramente positivos entre os portadores da EM foram relatados com o modafinil, um medicamento usado para tratar a vontade excessiva de dormir (narcolepsia)(3).
O tratamento da fadiga não se dirige à causa do sintoma. Se a causa principal é a depressão, por exemplo, esta deve ser tratada directamente. No caso da fadiga crónica, antes de mais devem ser feitas alterações na vida diária. Por exemplo é aconselhável interromper as actividades com pausas e intervalos regulares para descanso. Um programa de exercícios com treino muscular regular é também muitas vezes uma possibilidade favorável. A terapêutica com medicamentos é muitas vezes insatisfatória. Existem estudos que demonstraram o efeito positivo da 3,4-diaminopiridina(1) e da Pemolina(2), medicamentos estes que não estão disponíveis em Portugal devido às suas reacções adversas. A amantadina ou os inibidores da recaptação da serotonina também podem ser utilizados, geralmente com sucesso moderado(3). Os primeiros resultados verdadeiramente positivos entre os portadores da EM foram relatados com o modafinil, um medicamento usado para tratar a vontade excessiva de dormir (narcolepsia)(3).O tratamento da fadiga não se dirige à causa do sintoma. Se a causa principal é a depressão, por exemplo, esta deve ser tratada directamente. No caso da fadiga crónica, antes de mais devem ser feitas alterações na vida diária. Por exemplo é aconselhável interromper as actividades com pausas e intervalos regulares para descanso. Um programa de exercícios com treino muscular regular é também muitas vezes uma possibilidade favorável. A terapêutica com medicamentos é muitas vezes insatisfatória. Existem estudos que demonstraram o efeito positivo da 3,4-diaminopiridina(1) e da Pemolina(2), medicamentos estes que não estão disponíveis em Portugal devido às suas reacções adversas. A amantadina ou os inibidores da recaptação da serotonina também podem ser utilizados, geralmente com sucesso moderado(3). Os primeiros resultados verdadeiramente positivos entre os portadores da EM foram relatados com o modafinil, um medicamento usado para tratar a vontade excessiva de dormir (narcolepsia)(3).O que é a espasticidade?Como é que se trata a espasticidade? Para além do tratamento com medicamentos, existem métodos alternativos?O que é uma bomba de baclofeno e quando é que esta bomba é aconselhável? O que dizer aos portadores de EM acerca da depressão? Os problemas urinários podem levar a grandes restrições sociais para o doente. Que tipos de problemas urinários podem ocorrer na EM? Como é que se pode tratar os problemas urinários? Existem medidas preventivas para se tomar? Quais são os conselhos possíveis aos portadores de EM que sofrem de problemas sexuais?





A fadiga crónica é de facto uma queixa frequente feita pelos portadores de EM e pode estar presente em todas as fases da doença. Tal fadiga pode ter diversas causas e é frequentemente o resultado de vários factores que actuam ao mesmo tempo, por exemplo a redução da capacidade física bem como a depressão. Temos também a fadiga crónica num contexto mais limitado (Síndrome de Fadiga Crónica). Neste caso, o doente apresenta uma espécie de fadiga paralisante que pode ocorrer em várias doenças mas que é muito típica na EM.


A espasticidade é um aumento da rigidez muscular que ocorre como uma acção reflexa involuntária do corpo, provocando limitação dos movimentos. Esta rigidez é manifestada quando são feitos movimentos activos ou passivos rápidos, e são uma consequência das lesões nos nervos motores do cérebro e/ou espinal-medula. Uma vez que este processo é acompanhado por cãibras, a espasticidade é frequentemente acompanhada por dor.


O tratamento depende do grau de espasticidade. Os medicamentos utilizados com maior frequência e sucesso são o baclofeno e a tizanidina. Estes medicamentos têm um efeito central, i.e. directamente nas células nervosas do cérebro e espinal-medula. No início da terapêutica, os doentes capazes de andar devem ter o cuidado de aumentar a dose gradualmente. Caso contrário, pode ocorrer o perigo de sentirem um aumento da fadiga ou de fraqueza a nível dos joelhos enquanto andam, uma vez que há uma redução da rigidez muscular. Recentemente iniciaram-se estudos acerca do efeito anti-espástico da cannabis. Se a espasticidade for localizada e não dispersa, as injecções de toxina botulínica nos músculos afectados pode ser útil. O efeito geralmente dura durante 3 meses, período após o qual é necessária uma nova injecção.
Um método não farmacológico para relaxar a musculatura e restaurar os movimentos envolve a fisioterapia com todas as suas possibilidades (quente/frio, ginástica terapêutica, Bobath etc.). Uma vez que, no caso da espasticidade, as sequências de movimentos involuntários normais estão alteradas, os exercícios de coordenação também são importantes (fisioterapia, hipoterapia). Períodos regulares em pé previnem as contracturas e osteoporose e reduzem o risco de tromboses venosas das pernas.


A bomba de baclofeno permite uma administração contínua deste medicamento anti-espástico directamente na espinal-medula através de uma bomba de administração com um reservatório colocado por baixo da pele. A vantagem é que maiores concentrações do medicamento podem atingir a localização desejada (i.e. espinal-medula) imediatamente, e praticamente sem quaisquer reacções adversas sistémicas. O pré-requisito para utilizar este sistema é que a espasticidade existente ao nível dos membros inferiores seja causada por alterações na espinal-medula e que não tenha respondido a doses elevadas de medicação. A bomba de baclofeno apenas é aplicável num número restrito de doentes. Tais pessoas devem estar numa situação estável. A explicação completa e a inserção da bomba leva muito tempo e tem que ser feita a nível hospitalar. O risco de complicações é considerável, mas se as indicações forem favoráveis e a bomba funcionar correctamente, o sucesso pode ser obtido em alguns casos.



A depressão é extremamente frequente entre portadores de EM. Surge sempre a questão se a depressão é uma reacção à doença (depressão reactiva) ou se faz parte do seu complexo de sintomas que se desenvolve antes ou depois do desenvolvimento da EM. Possivelmente a depressão reactiva é a mais comum.






As medidas de resolução dependem da gravidade da depressão. Os antidepressivos mais antigos têm geralmente reacções adversas como o aumento da fadiga ou alterações urinárias, que os tornam particularmente contra-indicados em portadores de EM. No entanto, tal não acontece com os novos medicamentos. O produto natural, Hipericão é frequentemente utilizado. As medidas psicoterapêuticas e sociais são também frequentemente necessárias. Não é necessário frisar que um ambiente familiar positivo é de grande importância. Para além de outros serviços e conselhos úteis, as sociedades de portadores de EM prestam aconselhamento aos portadores de EM e às suas famílias.
Os problemas urinários são a consequência da lesão nos centros respectivos no cérebro e espinal-medula causados pela inflamação associada à EM. O mais frequente destes problemas é a incapacidade de guardar a urina durante longos períodos de tempo. A pessoa de repente sente uma vontade urgente de urinar e precisa de procurar imediatamente uma casa de banho ou sofrer as consequências indesejáveis da incontinência (molhar a roupa). Este problema pode também significar a incapacidade de urinar quando se quer, o que no pior dos casos torna necessário esvaziar a bexiga com um catéter.
Nos problemas urinários, antes de mais tem de se eliminar (ou tratar) a possibilidade de haver a uma infecção urinária. O problema urinário mais frequente entre os portadores de EM, é a urgência urinária (desejo urgente de urinar), que pode ser tratado com medicação ou com treino vesical. O programa de ensino compreende explicações sobre o funcionamento da bexiga e métodos para resistir e protelar a necessidade de urinar para que as micções sejam de acordo com a programação e o volume urinado aumente progressivamente ao longo do treino. Nos casos ligeiros uma alteração nos hábitos de ingestão de líquidos pode ser suficiente, ex. redução da quantidade de líquidos ingeridos à noite, não beber café ou álcool. Existe um grande número de medicações possíveis. No entanto, se os problemas urinários não poderem ser resolvidos com medicação e o volume residual de urina for muito grande, deve-se utilizar um catéter regularmente para evitar outras complicações, ou mesmo inserir um catéter permanente. Apesar desta ser uma medida drástica, permite a muitas pessoas afectadas a possibilidade de ter um modo de vida socialmente menos restritivo.
Em contraste com o treino vesical, a reeducação períneo-esfincteriana (exercícios de Kegel) pode ser útil em casos de incontinência de stress. Esta forma de incontinência ocorre frequentemente em mulheres mais velhas e leva a que, em certas situações, por exemplo quando se tosse, se dê a micção. Os exercícios de Kegel são exercícios para fortalecer os músculos pélvicos de forma a aumentar o controlo da micção.
A função sexual é até um certo grau, parte do sistema nervoso involuntário, i.e. um reflexo. Estas vias reflexas podem ser lesadas pela doença. As alterações de sensibilidade que ocorrem na região genital também podem afectar a função sexual normal. Tal como com os problemas urinários, os problemas sexuais são frequentes entre os portadores de EM, mas geralmente os médicos e os doentes não os discutem. Como regra, os problemas entre os portadores de EM estão geralmente ligados à doença em si e não apenas aos factores psicológicos, apesar de estes poderem ter logicamente um papel no enfrentar da doença.
Para os homens com problemas de erecção, o Sildenafil tem sido utilizado com sucesso. Para usar esta medicação com segurança, é importante que o doente não tenha problemas cardíacos e que não esteja a tomar certas medicações, como os nitratos. A vantagem é a sua via de administração que é oral. As injecções no pénis antes do acto sexual ou aparelhos mecânicos como as bombas são outra possibilidade. Certas queixas por parte de mulheres com EM que referem sensações genitais desagradáveis não podem ser tratadas especificamente.



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sábado, 29 de outubro de 2011

Nós tomamos conta da Esclerose Múltipla!

 tomarconta.em@groups.facebook.com


Este grupo pretende agregar principalmente doentes 
de Esclerose Múltipla (familiares e profissionais ligados à doença), 
que queiram partilhar alguns momentos da sua vida.
Participe no FACEBOOK.
OBS: O GRUPO NÃO É MEU, SOU PARTICIPANTE.

domingo, 23 de outubro de 2011

Dor

A dor é uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada a lesão tecidular potencial ou real ou descrita em função dessa lesão e pode ter efeitos sérios no bem-estar físico e emocional do indivíduo. A dor geralmente está ligada a uma lesão existente num tecido. A percepção da dor é influenciada pelo estado emocional nesse momento, medo, depressão e outros factores psicológicos e sociais. A dor que se sofreu anteriormente também tem um papel na experiência da dor. 



No entanto, a dor é uma sensação necessária para o funcionamento normal do corpo, exercendo uma função protectora ao proporcionar informações relativas à localização e intensidade dos estímulos nocivos e potencialmente lesivos aos tecidos do organismo.
A condução de sensações dolorosas entre as regiões periféricas do corpo, i.e. a pele, ossos, articulações etc. e o sistema nervoso central ocorre através das fibras A-delta (mielinizadas) por um lado, e por outro lado através das fibras C (desmielinizadas). Os receptores da dor na pele reagem a estímulos como a pressão, calor e frio. Nos órgãos internos, tais como o estômago, intestinos ou bexiga, a dor é estimulada pelo estiramento, espasmos e inflamação. Os músculos esqueléticos activam os sinais da dor quando existe uma circulação sanguínea insuficiente ou quando sofreram lesão.



As fibras A de transmissão rápida enviam sinais imediatos se o corpo for ameaçado e iniciam uma reacção física imediata. 



As fibras C de transmissão lenta, por outro lado, iniciam uma dor desconfortável (contínua e latejante) que é difícil de localizar no corpo (difusa) e que dura mais tempo do que o estímulo desencadeante da dor. Esta dor é geralmente seguida por uma rigidez muscular do tipo conhecido pelos portadores de EM como o aumento da espasticidade.



O estímulo da dor é transmitido para as diferentes partes do cérebro via espinal-medula. Enquanto que os grupos de células na superfície do cérebro (cortéx cerebral) analisam os sinais de dor no que se refere à sua localização, as regiões do cérebro mais profundas (tálamo, sistema límbico), responsáveis pela consciência e reacções emocionais, processam esta informação de acordo com o seu carácter emocional. Provavelmente as sensações difusas de inércia e de dor lancinante que sentimos são um produto desta via mais lenta, bem como as sensações inespecíficas e desagradáveis associadas com a dor.



Dor neurogénica ou central

Se a lesão ocorrer na espinal-medula ou no próprio cérebro, então surge outro tipo de dor, a dor neuropática ou central. Este tipo de dor manifesta-se de várias formas, como uma sensação em queimadura, aguda, penetrante; como um choque eléctrico, dolorida, pulsátil, esmagadora; como uma dor de dentes ou como uma queimadura solar. Sendo que a pessoa tem a sensação de que a dor foi induzida na superfície da pele. Pode até criar sensações diferentes na mesma pessoa. Numa pessoa saudável, a espinal-medula tem uma função inibitória ou de filtro que actua contra a condução destes estímulos. Mas se houver lesão dos nervos, no entanto, como é o caso da EM, esta função deixa de funcionar com fiabilidade. O efeito inibitório de certos tractos nervosos deixam de estar intactos e as fibras A e C podem bombardear o cérebro com sensações desagradáveis e dolorosas. A consequência é um fluxo de informação cansativo e quase contínuo. 
Este facto explica porque é que os analgésicos convencionais não são eficazes na dor neuropática.


Possibilidades de tratamento

Apesar de ser difícil influenciar estas formas de dor central, certos tipos de anti-depressivos tais como a amitriptilina, fluoxetina e sertralina podem ser utilizados para inibir este fluxo contínuo de estímulos. O organismo produz uma substância, a serotonina, que funciona como inibidor da dor e que sob a acção destes anti-depressivos prolonga a duração da sua acção. Para além deste facto, algumas destas medicações têm também um efeito calmante, de melhoria de humor e sedativo. Os medicamentos anticonvulsivantes também podem ser eficazes ao estabilizar a membrana das células nervosas. Tais medicamentos podem ser usados principalmente durante os ataques agudos de dor como nos casos de nevralgia do trigémio, ex. carbamazepina, clonazepam, gabapentina. A utilização de cannabis é discutida noutra página.


Como é que se consegue descobrir a terapêutica para a dor ideal para cada doente?

Utiliza-se o princípio de tentativa e erro para se encontrar qual dos medicamentos acima descritos e qual a dose desse medicamento até ser atingido o efeito óptimo. Se não se verificar nenhum efeito, tem que se tentar um novo medicamento. Esta procura pode ser uma experiência desesperante para o doente e é por vezes longa e árdua, e nem sempre é resolvida com sucesso.






É muito importante informar o doente com detalhe acerca dos vários medicamentos. Se o portador de EM não sabe porque é que está a tomar um determinado medicamento pode perguntar porque é que lhe estão a ser receitados medicamentos antidepressivos ou antiepilépticos. Isto pode conduzir a interpretações erradas e a uma situação em que os medicamentos não são tomados regularmente ou durante o tempo necessário.






Em alguns casos de dor central, e de forma idêntica aos estados de dor crónica manifestados noutras doenças, os procedimentos comportamentais e psicoterapêuticos podem ajudar, incluindo métodos de sugestão e estratégias de distracção.

Quem devem os portadores de EM consultar quando sentirem dor?

Antes de mais nada, devem falar abertamente com o seu neurologista. Se não for encontrada uma solução, devem visitar uma clínica especializada na terapêutica da dor.