sábado, 15 de outubro de 2011

A esclerose múltipla tem cura? Qual é o tratamento?





A esclerose múltipla é uma doença crônica, assim como a hipertensão arterial,o diabetes e a asma. Todas essas doenças crônicas possuem tratamento, mas ainda não têm cura. O tratamento da esclerose múltipla é dividido em trêspartes:

1ª)Tratamento das recorrências (“surtos”): durante os episódios recentes de fraqueza em braço e/ou perna, diminuição da visão, incoordenação, visão dupla ou outros tipos de manifestações características da esclerose múltipla, o médico utiliza medicamentos à base de corticóides (“cortisona”). Isso pode ser feito por administração da medicação pela veia (chamada de pulsoterapia) ou,alternativamente, pela administração de comprimidos por via oral. Esse tipo de tratamento deve sempre ser prescrito pelo médico neurologista e jamais deve ser administrado por automedicação.


2ª)Tratamento da fase de manutenção: uma vez passada a fase aguda descrita
acima, o médico neurologista irá optar pela prescrição de uma medicação
chamada imunomoduladora, que tem a função de diminuir a chance do sistema
de defesa voltar a agredir a substância branca (mielina) do sistema nervoso
central. Todas as medicações imunomoduladoras disponíveis atualmente são
injetáveis. São elas os interferons beta e o acetato de glatirâmer (Copaxone). A escolha da
medicação mais adequada depende da avaliação do neurologista e é feita caso
a caso.
Existe outra classe de medicamento – os imunossupressores – que pode ser
prescrita pelo médico em casos particulares. Pacientes que possuem a forma
primariamente progressiva ou secundariamente progressiva da doença
raramente se beneficiam dos imunomoduladores. Também existem pacientes

com esclerose múltipla recorrente-remitente que acabam não respondendo aos
imunomoduladores. Nesses casos, o uso dos imunossupressores (azatioprina,
metotrexate, ciclofosfamida e mitoxantrone (quimioterapicos) é a regra.

3ª) Tratamento sintomático: baseia-se na utilização de medicamentos para o
alívio de sintomas que podem vir a ocorrer na esclerose múltipla. Esses
medicamentos são prescritos para a diminuição da fadiga, da espasticidade
(pernas e/ou braços rígidos e duros), de dores, alterações urinárias, da libido e
do humor, dentre outras.

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