sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O transplante de células-tronco pode me beneficiar?




Nos últimos anos, o transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas (TACT), também conhecido como transplante de medula óssea, em pacientes com esclerose múltipla (EM) vem recebendo grande atenção da mídia. O transplante é um tratamento de imunossupressão em altas doses. Praticamente todo o sistema imune do paciente é paralisado para tentar impedir que ele ataque o sistema nervoso. Depois, as células-tronco hematopoiéticas constroem um novo sistema imunológico. Com isso, os transplantadores acreditam que a doença possa estabilizar. Contudo, o efeito de longo prazo da alta dose de imunossupressão seguida do transplante sobre a freqüência dos surtos ou progressão da EM é desconhecida. E mais, o transplante não significa cura da doença. O transplante é um tratamento muito forte e debilitante. Devido à unossupressão, infecções graves são freqüentes. Além disso, alguns pacientes podem morrer durante o procedimento. O TACT em pacientes com esclerose múltipla é ainda um procedimento em fase de experimentação que deve ser realizado somente em instituições de pesquisa. Existe um estudo em andamento na Europa que está comparando o efeito terapêutico do transplante com um medicamento já comprovadamente eficaz (mitoxantrone). Dependendo dos resultados deste estudo, o transplante poderá ser indicado com maior segurança.



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